Vamos gozar a vida?

Cezar Augusto Batista

No final de 1988, fomos eu, minha esposa e filho, de automóvel, para Porto Seguro, na Bahia, parando e passeando, em Belo Horizonte, Ouro Preto, Gruta de Maquiné, no estado de Minas Gerais. Em seguida, viajamos até Vitória e Guarapari, no Espírito Santo, indo, depois, até o nosso destino. Isto na ida, quanto ao retorno, fizemos em apenas dois dias, pernoitando em Governadores Valadares e vindo para Ribeirão Preto, no dia seguinte.
Fizemos uma boa viagem, assustando-nos um pouco na ida, quando saímos de Belo Horizonte para Vitória, porque chovia muito e, quando atravessamos certa ponte sobre um rio, quase não se via mais a ponte, era só água.
E a maior parte das estradas era péssima.
Achamos tudo muito bonito, entretanto ficamos decepcionados em relação à parte histórica. Não havia quase mais nada sobre o descobrimento do Brasil, em Porto Seguro e região. Ah… e não conseguimos ir ao Monte Pascoal, que me atrai desde o banco escolar.
Entretanto, como devem estar pensando, isto não tem nada a ver com o “gozar a vida”, com o aproveitar bem os momentos, com o não deixar que as pequenas coisas nos incomodem tanto, embora, viagens, são bons motivos para se distrair, aprender e curtir.
Em verdade, eu nunca soube encarar a vida com tranquilidade, com otimismo, sem preocupações exageradas. De pouco tempo para cá, melhorei, mas ainda estou longe de sentir, pensar e agir como pretendo.
A labuta pelo meu crescimento é diária. Este foi o motivo principal pelo qual decidi narrar de forma descontraída e bem humorada estes acontecimentos.
Provavelmente, continuam se interrogando: qual a relação deste objetivo com a Passarela do Álcool, em Porto Seguro? É que, pelas praias, sempre passava um trio
elétrico tocando músicas carnavalescas e outros ritmos.
E, de uma delas, de tanto repetir e porque eu achava engraçada, gravei o refrão: “quero gozar… a vida com você…, quero gozar… a vida com você…”.